segunda-feira, 22 de maio de 2017

Do medo

Na boa, estou com medo.
Eu que achava que tinha medo de bem pouca coisa, estou me descobrindo um medroso.
Estou com medo.
Medo da humanidade.
Medo de mim.
Medo da sociedade brasileira.
Medo de quem defende o Lulla, e de quem o ataca.
Medo de quem se acha santo e escolhido.
Medo de quem não tem escrúpulos.
Estou com medo.
Medo das pessoas bonitas, e das feias.
Medo das pessoas ricas, e das pobres.
Medo das pessoas alegres, e das tristes.
Medo das pessoas inteligentes, e das não inteligentes.
Medo das pessoas certas, e das erradas.
Estou com medo.
Medo das pessoas cheias de si, e das pessoas vazias.
Medo dos músicos, dos artistas, dos esportistas.
Medo dos políticos, dos capitalistas, dos socialistas, dos comunistas, dos democratas.
Medo dos jornalistas, dos articulistas, dos comentaristas, dos especialistas.
Estou com medo.
Medo do que essa geração deixará para a próxima.
Medo da revolta da natureza.
Medo do consumismo.
Estou com medo.
Medo das certezas, e das incertezas.
Medo das perguntas e das respostas.
Estou com medo.

Estou com medo de mim.

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