A corrupção é uma violência tão repugnante e abjeta quanto a
violência urbana praticada por bandidos e traficantes, seres execráveis que
devem ser eliminados da convivência social sob a força da lei, para o que o
poder policial existe.
Não! Não se enfrenta corrupção e violência com educação.
Já lhe ocorreu que os corrutos são todos eles, via de regra,
muito bem formados: advogados, engenheiros, doutores, administradores? Que
muitos deles falam mais de um idioma com fluência e têm a exata noção do que
estão fazendo quando estão metendo a mão na coisa pública? Já lhe ocorreu,
ainda, que a imensa maioria é gente branca e do sexo masculino? Pois é.
Educação é um pilar da nação totalmente imprescindível para
formar os seus cidadãos. Ponto.
Contudo, corrupção e violência se combate com a força da lei. Tem que
chegar chegando, descendo o porrete e prendendo inapelavelmente, inclusive
contra os entes da própria corporação como está ocorrendo no Rio de Janeiro.
Meu apreço pelos EUA é mínimo, contudo, se há algo que me
chame a atenção naquele país é a rapidez da justiça e a prática da tolerância
(próxima de) zero. A polícia e a justiça chegam chegando.
Poderíamos pensar no maravilhoso caso da Índia quando Gandhi
libertou o país sem pegar em armas.
Acontece que a história brasileira não tem paralelo com
nenhuma outra. O país aqui está refém de si mesmo, seja em relação à violência
urbana, seja em relação à violência do colarinho branco. Então, tem que chegar
chegando, como estão chegando Moro e Bretas.
Uma coisa está clara: os que detém o poder são reticentes
quanto à justiça porque terão que aplicá-la contra si mesmos, contra seus pares
ou prole. Esse é um gargalo que está sendo difícil superar e com o qual o país
terá que lidar. Se deixar por conta deles, eles não resolverão a questão. Isso
está claro também. O corporativismo e a impunidade estão matando essa nação.
Uma liderança poderia ajudar esse país. Como ela não existe,
o povo está por sua conta e risco. Uma democracia com tamanha violência,
inclusive com a violência da absurda desigualdade social, não é uma democracia.
Não se engane: esse país não está vivendo uma democracia.
Já lhe ocorreu que o grande empresariado, incluindo o bancário,
associou-se aos políticos, de esquerda ou de direita, contra o povo? Pois é.
Algo tem que acontecer, a começar com a polícia e a justiça chegarem
chegando.
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