terça-feira, 19 de junho de 2018

O que Deus quer?

Percepções dessa que já está se tornando uma longa jornada.
Esses dias em conversa com um jovem, ele me perguntou há quanto tempo eu havia sido ordenado pastor, lhe disse que há mais de trinta. Ele falou espantado: “mas, então o senhor deve ser muito respeitado lá, né?”. Hehehe. Jovens!!!
Bem... o que Deus quer? Direi mais ao final.
Antes, o que ele não quer.
Ele não quer devoção, veneração, adoração, fidelidade, lealdade, paixão, admiração e que tais como ações descoladas do contexto apresentado abaixo.
Jesus teve vários admiradores, muitos seguidores, até adorador endemoninhado. Pra não dizer todos, a imensa maioria o traiu, quase que não sobrou ninguém. Está no homem. Na velha criação. Esses sentimentos e emoções do coração do homem não se sustentam com o passar dos anos.
Estamos a falar de um novo nascimento. Contudo, pentecostalismo não é novo nascimento. Usar dons não é novo nascimento. Cumprir regras, rituais, regimentos, agendas não é novo nascimento. Dar dinheiro não é novo nascimento.
Estamos a falar de uma nova criação. Um novo ser.
O primeiro Adão não resistiu à criação, ele não tinha alçada pra isso. Ele resistiu ao domínio.
Desde Abraão, culminando no calvário, o que está em curso é a criação de um novo Adão. Como aquele, que teve um sentido universal e coletivo, estávamos todos lá, esse também é, e é pra estarmos todos lá.
Mas há um ponto, nevrálgico, crucial, determinante e que responde a pergunta lá de cima. E quanto a isso não há o que o homem possa fazer, até porque Deus fará o que Ele quer.
O que cabe ao homem é somente não resistir. Só isso. O “resto” Deus faz.
Pois bem... qual é o ponto? O que Deus quer?
Não deveria responder sob pena de interferir na sua relação com Deus. Acho que cada um deveria responder por si.
Mas, vou arriscar-me.
O que Deus quer?
Ele quer entrar na mente do homem. Se o homem tão somente não resistir, Ele fará isso. E daí surge uma nova criação, um novo homem. Daí participamos do novo Adão coletivo, feito à imagem e semelhança de Deus, com seus conceitos e valores, com seus impedimentos, com sua resistência, com sua força, com sua lealdade e fidelidade, com sua beleza, com sua santidade, com sua moral.
Quem tem Deus na mente é incorruptível, não é fraudável, não faz barganhas, não cumpre a religião como algo à parte de sua existência com dias, horas e canções específicos.
Quem tem Deus na mente é tomado pelo belo, pela força, pelo ânimo, pela resistência, pela solidariedade, pela boa vontade, pela simplicidade, pela singeleza, enfim... 
Acho que é isso.

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