‘Lugar
algum’ é onde chegam os amantes da discriminação, e onde eles adoram chafurdarem-se,
sob máculas rasteiras e tacanhas.
Aqueles que
dividem a sociedade entre ricos e pobres, brancos e negros, homens e mulheres,
héteros e homos, bem formados e ignorantes, Morumbi e Paraisópolis, Copacabana
e Rocinha, Manhattan e Bronx, primeiro e terceiro mundo, europeu e africano,
capitalista e socialista, árabes e judeus, ditadura e democracia, e, por fim,
direita e esquerda.
Os sagrados
Evangelhos, que contêm as divinas, imprescindíveis e indispensáveis palavras do
Rabi de Nazaré, não contemplam NENHUM tipo de discriminação, nem a da classe
sacerdotal e levitas (seja lá o que isso signifique), embora eles reivindiquem
essa distinção. Palavras que insistem em deixar restritas ao meio religioso,
quando já deveriam estar influenciando consistentemente os detentores do poder,
se é que se pretende uma sociedade justa, igualitária, aberta, moderna, segura,
saudável, educada, solidária, fraterna. Pense na virtude que quiser, ela estará
nos Evangelhos.
'Lugar algum' é onde estamos.