sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Do dinheiro


O dinheiro é um bem público, só está em mãos erradas.
Pense comigo: o que dá valor ao dinheiro?
Só há uma resposta: o pobre, isto é, aquele que tem menos dinheiro.
Pense comigo: donde vem a força, por exemplo, da Petrobras? Essa gigante do petróleo que fatura bilhões. Vem do consumo daqueles que têm menos dinheiro, porque se ela fosse depender daqueles que têm muito dinheiro, ela não venderia tanto assim.
O mesmo raciocínio vale para as grandes construtoras. Quem compra seus apartamentos? A classe que tem menos dinheiro. Os que têm muito dinheiro até compram casas caríssimas, mas poucas, em relação aos que têm menos dinheiro.   
Se todos fossem ricos, como eles se diferenciariam? Como se destacariam dos demais?
O que o dinheiro confere? O poder da exclusividade. De se morar onde se quer e distante de quem se quer. De se trabalhar nos melhores lugares, em oposição àqueles lugares degradantes. De se trabalhar o quanto se quer, em oposição àqueles que terão que trabalhar até o seu último dia.
O dinheiro é um bem público, só está em mãos erradas.
Não! Essa não é uma crítica a quem amealhou bastante dinheiro por sua própria capacidade.
A questão é que dá para compartilhar bem mais do que se faz hoje em dia, afinal, o dinheiro é um bem público.

Em tempo: nunca li Karl Marx, o que inclui o seu “O capital”. Nem sei se ele trata disso. Só não quero deixar no ar qualquer associação com quem quer que seja.  

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