domingo, 20 de janeiro de 2019

Único, mas nem tanto

Sou filho único, cercado de irmãos gêmeos.
Extremamente carente, com um buraco existencial no coração do tamanho e com a forma do Magnânimo. Se é que Ele tem forma.
De Deus não tenho convicções. Convicções não são boas conselheiras e, via de regra, redundam em querelas, pendengas, quando não em confrontações as mais vis e violentas, com ou sem armas letais, verbais ou não.
De Deus tenho algo que é anterior à convicção, portanto, transcende-lhe em valor. De Deus tenho a vocação inefável e transcendental de crer e me relacionar com Ele.
Tudo em mim aponta pra Ele. Cada célula, das bilhões que tenho, aponta pra Ele. Antes que apontar… são atraídas por Ele, como o dia atrai a noite, numa sequência silente e eterna.
Demonstro a fé e o respeito que tenho por Ele respeitando aqueles que como eu são tão carentes, os meus irmãos gêmeos, embora eu seja filho único.

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