segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Da verdade

A verdade não é um conjunto de regras, normas e leis, algo como as cláusulas pétreas da constituição. Tampouco e muito menos um conjunto de usos e costumes de uma cultura que redunda na moral de um determinado povo. As morais e éticas reduntantes desses conjuntos acima são restritas e circunscritas a um determinado povo. Valem pra ele naquele tempo e espaço e podem, ou não, serem desenvolvidas ao bel prazer de cada povo.
A verdade, no entanto, está pronta, toda ela, e é imutável. Não deriva, nem se amolda a nada nem a ninguém. Não tangencia. Não negocia.
A verdade não pode ser possuída, como algo de que se tem propriedade. Não se tem a verdade. Ninguém pode se arrogar como dono da verdade. MAIS: não existe a minha verdade, a sua verdade, ou cada qual com a sua verdade.
A verdade liberta, mas não por si só. Há que se conhecê-la. Nesse processo de conhecimento da verdade, é recomendável que se tenha um tutor para os primeiros passos. Contudo, se ele insistir, ainda que de boa fé, a conduzir você no processo, ou ainda que você insista em querer mantê-lo nos passos seguintes como tutor, por um ou por outro, você se desviará da verdade.
Só é possível conhecer a verdade por si mesmo.
Apesar de sua sólida constituição, ela não é uma rocha intransponível e dura. Ela é riacho que segue, inexorável, seu caminho, penetrando nos recônditos mais íntimos e intangíveis da alma.
A verdade é Uma Pessoa.

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