sábado, 19 de novembro de 2011

Dos rótulos


A rotulação a que as pessoas expõem e se expõem demonstra pobreza de alma.
Essa necessidade de ser marcado (“eh, o o vida de gado, povo marcado eh, povo feliz”), identificado remete à origem tribal de todos nós. Não é intrinsicamente má, mas negativamente seletiva.
“Esse é meu grupo, essa é minha tribo”.
Em nome desse sentimento discrimina-se, opõe-se, rivaliza-se, compete-se, compara-se, destrói-se e, por fim, mata-se.
O apego à rotulação demonstra pequenez, em alguns casos, até sordidez d caráter.
É um sentimento revelador do quão pouco se sabe aonde vai e do quão pouco alguém vale por aquilo que é, senão por aquilo que representa, ou seja, alguém não tendo o menor poder de influência, empresta do grupo esse poder, ou quem a tem (a influência) amplifica-a por este.
Verdadeiros laboratórios de geração da rotulação são as denominações evangélicas. Elas são proficientes em gerar um sem número de rótulos. Para cada região, época, extrato social, nível intelectual há a marcação das pessoas e movimentos.
Pela rotulação pretende-se dar um sentimento de respeito à história, ao mesmo tempo que pretende-se demonstrar um sentimento de desapego a essa mesma história.
É tão forte que até os que não querem ser rotulados, rotulam-se dessa forma.
E você? Qual seu rótulo?  

3 comentários:

  1. Wani muito bom estou encaminhando para meus amigos um grande abraço.

    Leandro

    ResponderExcluir
  2. Hoje temos uma tribo que tem construido palacios, em troca seu nome vai ficar gravado nas colunas e paredes como forma de reconhecimento.

    ResponderExcluir
  3. Olá "Anônimo", gostaria de saber quem você é.
    E, Leandro (primeiro comentário), fique à vontade e outro abraço pra você.

    ResponderExcluir