O Nazareno ensinou muitas coisas.
Nós ficamos aqui avaliando o que ele falou. Fazendo
adaptações. Tentando melhorar alguma coisa, diminuindo a importância daquilo
com o que não concordamos, enfim, sobre o que ele escreveu, nós acrescentamos o
nosso veredicto (?!?!).
Tem sido assim ao longo desses 2.000 anos.
Por incrível que possa parecer, amizades já foram desfeitas,
embates já foram travados, acusações de parte a parte já foram desferidas, tudo
em nome da interpretação pessoal daquilo que o Nazareno disse.
Dentre tantas questões, gostaria de destacar uma que tenho
aprendido com os ensinos do Rabi da Galiléia.
Tenho aprendido que não posso, ou não devo, avaliar o outro
por aquilo que ele fez pra mim pessoalmente. Ainda que o que o outro fez pra
mim tenha sido um ataque direto à minha pessoa, ainda assim eu não posso
avaliá-lo por isso. A contrapartida para isso chama-se perdão.
Um coração disposto a não perdoar é um trem sem freio. Ele
vai causar estragos.
Por outro lado, quando consigo assimilar essa indisposição
do outro contra mim, e consigo relevar isso, eu me coloco acima de qualquer
questão e assemelho-me muito ao Nazareno.
Um coração disposto a perdoar é águia voando. Ninguém abate.
Quem age assim sai do centro, sai do foco da questão e acaba
ficando livre para caminhar tranquilo.
Me parece que essa seja a liberdade proposta pelo evangelho.
Liberdade que promove a paz.
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