sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Um argumento a favor da paz


O Nazareno ensinou muitas coisas.
Nós ficamos aqui avaliando o que ele falou. Fazendo adaptações. Tentando melhorar alguma coisa, diminuindo a importância daquilo com o que não concordamos, enfim, sobre o que ele escreveu, nós acrescentamos o nosso veredicto (?!?!).
Tem sido assim ao longo desses 2.000 anos.
Por incrível que possa parecer, amizades já foram desfeitas, embates já foram travados, acusações de parte a parte já foram desferidas, tudo em nome da interpretação pessoal daquilo que o Nazareno disse.
Dentre tantas questões, gostaria de destacar uma que tenho aprendido com os ensinos do Rabi da Galiléia.
Tenho aprendido que não posso, ou não devo, avaliar o outro por aquilo que ele fez pra mim pessoalmente. Ainda que o que o outro fez pra mim tenha sido um ataque direto à minha pessoa, ainda assim eu não posso avaliá-lo por isso. A contrapartida para isso chama-se perdão.
Um coração disposto a não perdoar é um trem sem freio. Ele vai causar estragos.
Por outro lado, quando consigo assimilar essa indisposição do outro contra mim, e consigo relevar isso, eu me coloco acima de qualquer questão e assemelho-me muito ao Nazareno.
Um coração disposto a perdoar é águia voando. Ninguém abate.
Quem age assim sai do centro, sai do foco da questão e acaba ficando livre para caminhar tranquilo.
Me parece que essa seja a liberdade proposta pelo evangelho.
Liberdade que promove a paz.

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