segunda-feira, 17 de junho de 2013

Ditadura democrática


Tenho visto que aquilo que se pretende democrático, na verdade, age em bases equivocadas.
No caso da democracia brasileira, como na maioria esmagadora das democracias, por ser uma democracia representativa, os representantes - eleitos - sentem e agem como se tivessem recebido uma procuração, um “cheque em branco” da população, agindo à revelia daqueles que os elegeram.
Eles sentem como que se tivessem sido revestidos de uma autoridade pela qual podem fazer o que quiserem.
Não, não há essa autoridade implícita, tácita.
Os eleitos não estão a serviço do seu bel prazer, senão que aos interesses dos que os elegeram.
Elementar, caro Watson, elementar.
Óbvio ululante.
Mas parece que não.
Verifica-se essa distorção não apenas no meio político, mas em todas as instâncias que lançam mão do expediente democrático, religioso inclusive.
Manifestações populares é democracia na mais pura essência. A violência decorrente dessas manifestações, sempre indesejada, é um efeito colateral, que pode ou não ser controlado, depende das partes.     
A verificar.

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