Tenho pra mim que, mais ano menos ano, a democracia, como a
conhecemos hoje, vai acabar. Ela já se provou ineficaz na distribuição do bolo.
Veja: 6 brasileiros têm a mesma riqueza que os 100 milhões mais pobres do país.
Essa discrepância vai acabar, de um jeito ou de outro.
A queda da democracia trará a reboque a queda do capitalismo
como o conhecemos hoje.
Não será uma ditadura que irá substituir a democracia. Fique
tranquilo. As ditaduras também acabarão.
O que organizará, então, a sociedade? Difícil prever, mas é
fato que a tecnocracia (o poder da tecnologia) estará em plena atuação, e pode
ser que ela organize a sociedade.
Na área da saúde, a biotecnologia avançará absurdamente.
Hoje já é possível corrigir o DNA de um embrião para evitar doenças
hereditárias.
Na economia tudo estará ligado. Quem mora em São Paulo, por
exemplo, já tem seu consumo todo escrutinado.
Na segurança, cada passo de cada cidadão do bem ou do mal
será vigiado.
A educação será toda ela via internet.
Mesmo na religião, a presença da tecnologia se fará presente,
com o prejuízo do esfriamento das pessoas.
As relações sociais serão estabelecidas e mantidas pelas
redes sociais, com o prejuízo pela superficialidade das relações.
Isso tudo está mais ou menos previsto e em andamento em
maior ou menor grau.
De tudo, resta a certeza de que sempre haverá um
remanescente fiel a Deus e à sua palavra. Esses que não se deixam levar pela
materialidade das coisas, pelo glamour dos títulos, pelo engano das riquezas,
pelo engodo de líderes inescrupulosos, pela falsa doutrina de que Deus habita
em templos feitos por mãos humanas, pelas experiências sensoriais embaladas por
ritmos musicais, pela superficialidade das relações, pela “ética” da barganha,
pela retórica vazia dos discursos da auto ajuda, pela “moral” dos sacrifícios
pessoais em busca de conquistas imediatas, pela ditadura hedonista da
felicidade a qualquer preço como propósito único da vida.
Sempre haverá um remanescente.
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