Não me acho, absolutamente, melhor do que ninguém. Não
mesmo. Quem sou eu? Os que convivem de perto comigo talvez possam confirmar.
Assim, digo: na contemporânea acepção da palavra, não sou um
“cristão”. Se ser cristão é o que se vê por aí, por eliminação, eu não sou
cristão. Sem juízo de valor. Cada um é o que quer ser. Na boa. Não tenho a
menor dificuldade de lidar e conviver com cristãos, pelo contrário, sinto-me
honrado por vários deles aceitarem conviver comigo. Há uns até que admiro bem.
Direi abaixo o que eu sou.
Mas... com todo respeito: egolatria, narcisismo, exacerbação
da vaidade pessoal, auto-amor, autoestima, egoísmo, egocentrismo, brilho vazio,
discriminação, julgamentos, comparações, acusações, acepções, assepsia,
afetações, clericalismo, sacerdotismo humano... coisas que já deveriam ter sido
superadas.
Há ainda as regras, normas, leis, costumes, tradições, sistematizações
doutrinárias, exegeses e afins. Coisas que têm valor em si, não um valor
transcendental, mas têm um valor, parco e exíguo, bem verdade. Só não podem
sobreporem-se à substância da fé.
No andar da carruagem, na lida da vida, no vai e vem do trem
descobri o que sou: um cristinho.
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