quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Um crist...

Não me acho, absolutamente, melhor do que ninguém. Não mesmo. Quem sou eu? Os que convivem de perto comigo talvez possam confirmar.
Assim, digo: na contemporânea acepção da palavra, não sou um “cristão”. Se ser cristão é o que se vê por aí, por eliminação, eu não sou cristão. Sem juízo de valor. Cada um é o que quer ser. Na boa. Não tenho a menor dificuldade de lidar e conviver com cristãos, pelo contrário, sinto-me honrado por vários deles aceitarem conviver comigo. Há uns até que admiro bem.
Direi abaixo o que eu sou.
Mas... com todo respeito: egolatria, narcisismo, exacerbação da vaidade pessoal, auto-amor, autoestima, egoísmo, egocentrismo, brilho vazio, discriminação, julgamentos, comparações, acusações, acepções, assepsia, afetações, clericalismo, sacerdotismo humano... coisas que já deveriam ter sido superadas.
Há ainda as regras, normas, leis, costumes, tradições, sistematizações doutrinárias, exegeses e afins. Coisas que têm valor em si, não um valor transcendental, mas têm um valor, parco e exíguo, bem verdade. Só não podem sobreporem-se à substância da fé.

No andar da carruagem, na lida da vida, no vai e vem do trem descobri o que sou: um cristinho.

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