domingo, 2 de dezembro de 2018

Do dia de amanhã


O evangelho está recheado de mensagens contundentes.
Dentre essas várias mensagens, gostaria de destacar uma delas, a de que “não devemos nos ocupar com o dia de amanhã”.
Você conhece alguém que consegue viver essa mensagem?
Se sim, por favor, me apresente, eu gostaria de conhecê-lo.
Já parou pra pensar que tudo na nossa vida aponta para o amanhã?
O ocidental está preso ao futuro, ou seja, ao dia de amanhã. O ocidental não vive o dia de hoje. Ele faz tudo por causa do amanhã.
O corrupto vive em função do amanhã, em roubar e acumular para poder ter dias melhores e dar o mesmo à sua prole, ainda que o preço a pagar seja alguns anos de jaula.
Na mesma carruagem vai o capitalista, e mesmo o socialista. Eles acumulam a não mais poder, para garantir um futuro bom pra si e para os seus.
A ideologia é a mesma. O que difere é que um consegue acumular fraudulentamente, o outro, honestamente, mas a força motriz é a mesma.   
Acho essa dependência do futuro um tanto quanto opressiva.
Parece-me ser mais adequado à existência humana ocupar-se com o dia de hoje.
A felicidade não está tão longe assim, em algum lugar onde se pretende chegar num futuro distante.
O que vale é o hoje. Tenho “o que comer, o que vestir” e onde dormir? Está bom demais. Amanhã a gente vê como fica.   
Em tempo: sou ocidental, e se quiser, pode me xingar de capitalista, ou comunista, fique à vontade. Não é esse o ponto.

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