segunda-feira, 21 de junho de 2010

Uma reflexão mágica: segunda intenções

Muitos hoje se aproximam de Deus na mesma base em que os magos se aproximaram do menino recém nascido. Eles não estavam errados, pois não sabiam de quem se tratava. Já os de hoje!
Fica, então, a pergunta: por que manter a ignorância?
Aqueles só conheciam deuses com os quais se barganhava, aos quais era necessário agradar para obter seus favores.
Deuses cujos humores variavam, cujos temperamentos eram instáveis, aos quais se podia dar alguma coisa como de propriedade particular. Deuses com interesses escusos, deuses inconstantes, iracundos, coléricos, que estimulavam a competição, para os quais uns eram melhores que os outros.
Deuses que se agradavam de sacrifícios e oferendas, alguns dos quais, até de entidades vivas.
Tinha o menino alguma coisa a ver com isso? Não! Mas os magos não sabiam e então partiram para agradar-lhe com oferendas para merecer-lhe o favor.
Hoje essas oferendas têm outros nomes, mas a motivação é a mesma, o medo é o mesmo, a intenção é a mesma, a ignorância é a mesma, a barganha é a mesma.
Não existe essa relação que busca mostrar que Deus tem que ser agradado para então abençoar.
Deus, o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, em um determinado momento da história revelou-se como o Jeová e contava com os judeus para vir a ser conhecido em sua plenitude. Os judeus falharam. Eles o entendiam (pelo menos agiam assim) como mais um deus, talvez o maior deles, o que levou os outros povos a entendê-lo assim também.
Deus, soberano que é, continuou no seu propósito e em Jesus deu-se a conhecer totalmente.
Muitos entre nós o conhecem assim e quando dão dinheiro em suas comunidades o fazem para compartilhar com os irmãos, como o faziam os discípulos imediatos de Jesus. Que irmãos? Aqueles que estão presos, doentes, famintos, sedentos, que são forasteiros e estão com frio (Mt 25).
Outros há, no entanto, que insistem em dar e pedir dinheiro para merecer o favor de um deus que eles na verdade não conhecem.
A grande questão: não é isso tanto idolatria como qualquer outra coisa que se faça que não seja dirigir-se diretamente a Deus em oração e adoração sem segundas intenções?
Os magos fizeram escola!

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