quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Thinking out of the little box



Já ouvi muitas vezes que nós não merecemos o amor que Deus tem por nós.
Essa é uma premissa da ortodoxia mais tradicional e reacionária que conhecemos, e um tanto marcada por algum tipo de complexo de inferioridade, que não tem nada a ver com a humildade bíblica que ensina que a humildade não é pensar menos ‘de’ si, mas menos ‘em’ si.
Ok! Então vejamos.
A pergunta é básica: se não merecemos, por que então Ele nos ama?
Há alguma força que sobrepuje a Sua vontade e O faça amar-nos, mesmo sem merecermos?
Alguns dirão que a beleza do amor de Deus consiste exatamente nisso, que mesmo sem merecermos ele nos ama.
Sim, isso é belo por si mesmo. Ponto.
O fato é que o que conheço de Deus, e reconheço que é bem pouco, me faz pensar que Ele não daria o seu amor para alguém que Ele achasse que não o merecia, como, por exemplo, é o caso do capeta. O capeta não merece o amor de Deus, logo, Deus não lhe dá o Seu amor.
Com a humanidade penso ser diferente, acho sim que Deus tem a humanidade como merecedora do Seu amor, afinal, é obra de suas mãos.
O contraponto é que esse merecimento em questão não ocorre por méritos próprios, para que ninguém se prevaleça, mas exclusivamente porque Ele quer amar e acha que a humanidade merece sim o seu amor.
Triste daquele que, em considerando não merecer o amor de Deus, coloca-se distante desse amor.

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