sábado, 13 de junho de 2015

Quem mesmo?

Quem é você? Quando quase ao toque, escapa. Quando quase à vista, desvanece.
Quem é você que se impõe qual ditadura e que justifica as mais insanas ações?
É possível vislumbrar-te na efemeridade das redes sociais, na exaustão das selfies.
Seus defensores dizem: o importante é ter você.
Mas, quem é você?
De parte, você se transformou no todo, de meio você se transformou em fim, o objetivo máximo daqueles que não sabem para onde vão.
Seus defensores dizem: onde você não está não é um lugar para se estar.
Hedonismo é a sua cama, seu jardim.
Imediatismo é a sua cara, seu modo de operar.
Barganha é a sua marca, nunca dar sem receber.
Materialismo é o seu valor, o intangível seu demônio, que você estremece com aquilo em que não se pode tocar.
Por ti vale tudo: o sexo barato e sem compromisso; o suborno que garante o futuro; a mentira que posterga uma situação, oras! o que vale é o momento.
Por ti vale tudo: o senso de domínio sobre o outro; a violência em toda forma como meio de descarregar o estresse.
Quem é você que propõe essa catarse em nome de uma quimera que nunca chega? Pois você promete mas não entrega.
Você não se deixa encontrar, é da sua natureza, até porque quem te conhecer verá que você não é tudo isso que diz ser.

Bem aventurado quem fugir de você.   

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