segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ro de Liz VI

Ro de Liz VI
Amar-te é mais do que viver, pois viver acaba.
Amar-te é mais do que sorrir, pois o sorriso por vezes sai dos lábios.
Amar-te é mais do que sentir prazer. Ainda que muito bom, é passageiro.
Amar-te é mais do que necessitar estar ao seu lado, sempre. Isso ainda é impossível.
O meu lado mau, você melhorou, o bom, você aprimorou.
Eu sei que te dei algo. Mas, mais peguei do que dei.
Das inexorabilidades da vida, duas delas: não te largo, qual leopardo agarrado à sua presa. Não te traio, por nenhum exemplar da espécie, pois que dela você está no topo, então, eu sairia perdendo.
Perco tudo: saúde, bens, dinheiro e amizades, só não você.
Se posso pedir algo, peço o bálsamo divino sobre suas feridas, que "poucos" jogam o jogo como nós jogamos. Não direi "ninguém" para não dar ar de superioridade.
Você é meu vício, minha sina, minha gana, meu precipício diário em que me lanço sem medo de não ser amado. Que sentimento melhor há que deitar e dormir sabendo-se amado?
De tudo a que te expus, a que te submeti na lida da vida, que não foram poucas nem fáceis, você deixou claro que não importava o quando, o onde, o como, mas com quem: eu, isso te bastava.
Não tinha nada pra te dar além de mim. Dei-me, pois, e recebi algo melhor: você e os nossos rebentos. Não quero mais nada dessa vida. Nadica de nada.
O Magnânimo sabe fazer as coisas.

Seu escravo

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