domingo, 21 de junho de 2015

Teologia de calçada 4 - A eloquência da sarça ardente

Há muito mais ali do que uma arvorezinha em chamas que não se desfaz.
É elementar o conhecimento de que fogo na madeira a consume quase que instantaneamente e quase que por completo.
O que estaria o Magnânimo querendo demonstrar ali?
Difícil reposta.
Há, contudo, nuances que se podem destacar:
Objetivas
-       O completo domínio de Deus sobre a natureza
-       O Seu completo conhecimento e manipulação do microcosmo com seus átomos e quarks
-       A demonstração de que a natureza está sujeita à Sua vontade
-       O exercício de sua Soberania sobre o plano material
-       Que as regras e leis da física não enquadram Deus
-       A percepção de que as leis naturais não são absolutas quando diante do Divino, pois que absoluto só Ele

Subjetivas
-       A contradição da lei da hierarquia em que os mais fortes dominam sobre os mais fracos (tão presente na religião) pois que o fogo (mais forte) não prevaleceu da madeira (mais fraco)
-       A preferência pelo Divino do mais fraco pelo mais forte, como o Nazareno viria demonstrar 2.000 anos depois
-       Que o batismo com fogo, executado pelo mesmo Nazareno, não suprime a personalidade do batizado 
-       Que essa imersão no fogo divino deve resultar em brilho, não em cinzas
-       Que Deus não se deixa encaixotar pelas regras humanas
-       Que se havia fogo, tinha que haver ar. Ar em movimento é vento. E vento não se encaixota, pois que não seria mais vento.

Enfim, grande Deus o Deus da bíblia 

Nenhum comentário:

Postar um comentário