quarta-feira, 19 de abril de 2017

Da indignação

Se você não consegue se indignar, é porque não está prestando atenção.
Adesivo americano

Não sei se alguém explica a personalidade do brasileiro.
Fato é que tem muita gente indignada. Contudo, a pergunta que fica é: aonde levará essa indignação? Até que esquina? Seria até àquela que leva ao conforto do lar? Até que página do manual de indignação estão dispostos, os indignados, seguir?
Outra pergunta: qual o risco de essa avalanche de sujeira que está sendo revelada dar em nada? Grande.
Eu não conheço outros povos. Mesmo assim, tenho pra mim, por puro empirismo, que fatos como os que estão ocorrendo nesse país, se estivessem ocorrendo em outros lugares causariam uma comoção social.
Sabemos todos que Gandhi libertou a Índia do império inglês sem pegar em armas. Tomara os brasileiros se inspirem nele para se libertarem dessa caterva carcomida que domina esse país.
Patriotismo não é uma virtude muito desenvolvida em mim. Sem presunção nenhuma, sinto-me mais um cidadão do mundo, e não descansaria enquanto não visse resolvida a situação, por exemplo, da fome dos africanos.
Por outro lado, não sinto vergonha de ser brasileiro. Sinto vergonha sim de ser da mesma geração de Odebrecht, Lulla, Dilma, Aécio, Temer, Cunha, Renan, Cabral, Palloci, Zé Dirceu, Vaccari, Collor, Duda Mendonça, João Santana, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Fernando Baiano, Youssef, Sérgio Cabral, os juízes do TCE carioca, José Serra, Rodrigo Maia, Lewandovski, os executivos da Odebrecht...
Então...

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