quarta-feira, 5 de abril de 2017

Wani - um ateu em construção

Estou saindo do armário.
Sim. Descreio.
Desse deus que instiga a buscar bens materiais. Descreio.
Desse deus supostamente presente em alguns prédios feitos por mãos humanas em que algumas figuras afetadas e doentias e ávidas por exposição sejam seus representantes. Descreio.
Desse deus a quem se pode cobrar, reivindicar e contra quem se pode ficar “bravo”. Descreio.
Desse deus com quem se pode barganhar baseado em algumas práticas ritualísticas. Descreio.
Desse deus cuja adoração consiste de alguns momentos de êxtase musical. Descreio.
Desse deus que seria servido por algumas pessoas especiais constituídas em classes, ou castas, seletas com privilégios exclusivos. Descreio.
Por que um ateu em construção?
Porque, na infância da fé, é admissível buscar (D)eus através das coisas citadas acima. Por um tempo, variável de pessoa a pessoa, essas coisas servem de argumento para trazerem as pessoas a (D)eus. Dois, três ou quatro anos. Um pouco mais, um pouco menos. Aqui não há juízo de valor quanto a caminhar por esses caminhos.
Fato é que a gente cresce, né? Como uma criança que avança para a adolescência, para a juventude, para a maturidade, para a velhice. A gente cresce!!! E crescendo aquelas coisas mais primárias e elementares e que tiveram valor por um tempo vão sendo descartadas e substituídas por outras, eternas e permanentes. 
Aquilo que era importante, deixa de ser. Aquilo em que se cria, já não se crê mais. Se aquelas coisas serviram para atrair as pessoas para perto de (D)eus. Ótimo. Mas, isso tem prazo. Há coisas muito mais relevantes a serem vividas.
Em que creio?
Creio no Pai de Jesus Cristo, revelado por ele nos evangelhos e que deu o Espírito Santo para fazer lembrar tudo o que o Senhor ensinou.
Pai que apresentou-se como Jeová aos antigos dada a sua incapacidade de entender a Sua personalidade.

Desse Pai só descrê quem não o conhece.    

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