domingo, 9 de abril de 2017

Deus. Quem é?

Eu não conheço deus. Na verdade... até conheço sim alguns deuses.
Os deuses que se vê por aí, à profusão, têm diversos tamanhos e humores, são manipuláveis, são corrompíveis. São deuses a quem se pode recorrer por objetivos escusos. Há gente que acha que o fruto advindo da corrupção, por exemplo, seja dádiva de um desses deuses.
Há os deuses antigos, da mitologia grega, que povoa a mente de muitas pessoas e que são relacionados às várias instâncias do viver: beleza, guerra, clima, sorte, azar, poder. Esses povoam também muitas religiões com uma presença marcante ainda que com nomes diferentes.     
Conheço algumas coisas que são transformadas em deus. Ou, dito de outra forma, conheço alguns deuses que são expressos em coisas, ou objetos, como: amuletos, estátuas, moedas, “papel moeda”, carros, belas casas, diplomas, títulos, corpos atléticos...
Conheço pessoas que se transformam ou são transformadas em deus como: artistas, atletas, líderes partidários, governamentais e religiosos.
Mas deus mesmo eu não conheço.
Tenho conhecido, ainda que tateando, intuindo tão somente, um Ser que transcende e excede a qualificação de deus. Ele até pode ser qualificado como um deus. O livro dos livros até dá alguma abertura para essa qualificação, mas, não! Ele não pode ser qualificado na mesma categoria dos citados acima, como se fosse mais um. Aliás, ele não cabe em categoria alguma, muito menos como se fosse mais um dentre o panteão dos deuses criado pelo homem.
Há um escritor que encontrou um altar dedicado ao deus desconhecido e disse ser esse o deus que iria anunciar.
Tenho-O conhecido e chamado de Pai, a exemplo do Nazareno.
Nisso descansa a minh’alma. Nisso encontro o sentido da vida.
Acho que é assim.

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