Eu
não conheço deus. Na verdade... até conheço sim alguns deuses.
Os
deuses que se vê por aí, à profusão, têm diversos tamanhos e humores, são
manipuláveis, são corrompíveis. São deuses a quem se pode recorrer por
objetivos escusos. Há gente que acha que o fruto advindo da corrupção, por
exemplo, seja dádiva de um desses deuses.
Há
os deuses antigos, da mitologia grega, que povoa a mente de muitas pessoas e
que são relacionados às várias instâncias do viver: beleza, guerra, clima,
sorte, azar, poder. Esses povoam também muitas religiões com uma presença
marcante ainda que com nomes diferentes.
Conheço
algumas coisas que são transformadas em deus. Ou, dito de outra forma, conheço
alguns deuses que são expressos em coisas, ou objetos, como: amuletos,
estátuas, moedas, “papel moeda”, carros, belas casas, diplomas, títulos, corpos
atléticos...
Conheço
pessoas que se transformam ou são transformadas em deus como: artistas,
atletas, líderes partidários, governamentais e religiosos.
Mas
deus mesmo eu não conheço.
Tenho
conhecido, ainda que tateando, intuindo tão somente, um Ser que transcende e
excede a qualificação de deus. Ele até pode ser qualificado como um deus. O
livro dos livros até dá alguma abertura para essa qualificação, mas, não! Ele
não pode ser qualificado na mesma categoria dos citados acima, como se fosse
mais um. Aliás, ele não cabe em categoria alguma, muito menos como se fosse
mais um dentre o panteão dos deuses criado pelo homem.
Há
um escritor que encontrou um altar dedicado ao deus desconhecido e disse ser
esse o deus que iria anunciar.
Tenho-O
conhecido e chamado de Pai, a exemplo do Nazareno.
Nisso
descansa a minh’alma. Nisso encontro o sentido da vida.
Acho que é assim.
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