terça-feira, 27 de março de 2018

O Bom Samaritano & o Brasil moribundo


A parábola do Bom Samaritano é a parábola da minha vida. Poderia falar horas a fio sobre cada detalhe ali, mas vou resumir dizendo que a parábola é a história da humanidade e o Bom Samaritano o próprio Jesus. Do encerramento, falarei abaixo.
Ok. Estamos aqui a falar de bíblia, bíblia remete à igreja, igreja remete aos seus representantes.
É assustador, causa espécie, o silêncio ensurdecedor dessa classe. Já estive lá. Não nego nem renego, e o quanto pude, em tempos outros e na insignificância da minha representatividade, tentei puxar os pares para uma ação mais consistente. Infrutífera, inócua e estéril tentativa.
Eu sei que o que impera, a filosofia reinante, é a de que as coisas referentes à política, à sociedade, ao povo, ao corpo, devem ser resolvidos pela classe política. À classe religiosa cabe envolver-se com as coisas relativas à alma e ao espírito. Tipo os sacerdotes e levitas da parábola. Se a classe dirigente vai por aí, é de se imaginar por onde irá a classe dirigida.
Tudo válido, muito válido.
Fato é que o Brasil é um moribundo.
Da igreja, dá pra fazer mais, muito mais. Há gente boa, muito boa lá. Gente com a família ajustada, gente do bem e honesta, gente inteligente e capaz, profissionais gabaritados, enfim, dá pra fazer mais.
Contudo... essa isenção reinante no meio é deveras revoltante, porque remete à atitude do sacerdote e do levita.
A fenomenal conclusão da parábola é que eu devo ir além da pergunta “quem é meu próximo?”. Eu devo falar e me apresentar como um próximo. “Você está mal, doente, fraco, debilitado, machucado, depauperado, ferido, sem rumo, sem destino, saiba ‘eu sou o seu próximo’ e vou tirar você dessa situação”, que foi o comportamento do Bom Samaritano.
A considerar somente a porção da vertente protestante/evangélica são aí mais de 40 milhões de pessoas. O que esse povo mobilizado não faria pela nação para enfrentar a corrompida classe dominante?
Essa mobilização não significa abandonar a liturgia, as práticas, os cultos. Não mesmo. Isso tudo é imprescindível para qualquer nação.
Mas, dá pra fazer mais, o Brasil é um moribundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário