Eu tenho
vergonha de ser contemporâneo dessa gente que dirige o país. Vergonha e asco. Eu
desprezo essa gente, quase odeio, é que o Sábio de Nazaré ensinou que devemos
orar pelos inimigos, contudo, tenho pra mim que há algo a considerar aí, pois
essa gente não se coloca como inimigo, logo...
Eu imagino
que os filhos dos meus netos, quando estudarem essa época, se perguntarão como
a população deixou chegar a essa situação, como a população deixou esse bando
tomar a nação de assalto. Mais: o fizeram de terno e gravata, nos endereços assépticos
e aclimatados dos mais caros do país. Gente que envelheceu no corpo, mas na
mente são infantis, pueris, juvenis no pior sentido. Bando de adolescentes
brincando de mandar, de pegar o que não é seu, coisas muito próprias da adolescência.
Gente bárbara.
Acho que os
filhos dos meus netos ficarão tão intrigados quanto nós quando ficamos sabendo
das barbáries que as gerações que nos antecederam cometiam.
Quando eles
ficarem sabendo que os políticos viviam cercados de aviltantes privilégios,
enquanto grande parte da população era desprovida de elementos básicos da sobrevivência.
Quando souberem
da discrepância absurda havida entre a renda de ricos versus a dos pobres.
Por fim, acho que quando eu for mais velho, eu
ficarei bravo comigo mesmo por ter feito tão pouco para mudar essa situação,
por ter esperado que pessoas se juntassem a mim ao invés de ter ido à luta
munido das mais letais armas, não as de fogo nem as brancas.
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