sábado, 7 de agosto de 2010

Cristianismo em xeque - V

Dados do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada:
- Metade da renda total do Brasil está em mãos dos 10% mais ricos do país. E os 50% mais pobres dividem entre si apenas 10% da riqueza nacional.
- Mais da metade da população do Brasil detém menos de 3% das propriedades rurais. E apenas 46 mil proprietários são donos de metade das terras.
Seria cristã uma nação com números como esses? Não. Sequer seria democrática, como se anuncia, essa nação. Por outro lado, a resposta é sim, vai do gosto.
Desde Calvino (séc. XV) os cristãos são estimulados a enriquecerem. Há fortes indícios de que ele tenha inspirado o capitalismo que é o que promove as distorções citadas acima.
Posso estar laborando em erro mas é quase certo que os 10% mais ricos e os 46 mil proprietários do levantamento do IPEA sejam cristãos! Pense por si.
Recentemente esse estímulo ao enriquecimento tem ganhado proporções descabidas, vexatórias, em que as pessoas são ensinadas a barganharem com deus, confundindo fé com prosperidade em um verdadeiro mercado espiritual em que vale tudo, em que os fins justificam os meios.
A antítese do cristianismo: bilionários americanos, capitaneados por Bill Gates (dono da Microsoft, empresa que comercializa o Windows), estão se articulando para doarem metade de suas fortunas para instituições de assistência social. Já são 40. Não se notificou que estejam fazendo isso por princípios cristãos. É uma simples questão de consciência, consciência que anda em falta em muitos meios.

2 comentários:

  1. Nossa nação é considerada cristã devido o catolicismo,por isso tantos feriados,muitos católicos se dizem católicos só porque os pais são,e assim também acontece com os evangélicos e os de outras religiões.Agora,sobre atribuir ou confundir a fé com prosperidade só tem uma fonte, falta de conhecimento bíblico;vai trabalhar não pra vê!!Eu sou a favor do ditado que diz:"Deus ajuda quem trabalha". Eu trabalho desde os 13 anos e Deus tem me ajudado bastante.

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  2. Tô com você. Eu trabalho desde os 10 quando entregava salgadinhos que minha adorável "véinha" fritava numa lanchonete de um tio meu.

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