A manjedoura foi um xeque.
Mas foi um xeque oculto, velado.
Quem daria a mínima para uma criança nascida em um estábulo malcheiroso, sujo, escuro, deitada em um cocho em que animais comiam suas rações?
Quem daria a mínima para uma criança nascida sem a dignidade de um quarto perfumado, limpo, iluminado e sem um berço forrado com lençóis limpos e cheirosos?
Quem acreditaria ser rei uma criança nascida fora de um castelo?
Quem acreditaria ser rei uma criança nascida em família comum?
O diabo só despertou quando viu o interesse dos magos. Aí já era tarde.
A manjedoura foi um xeque.
O diabo não acreditou que Deus estivesse fazendo mesmo aquilo, isto é, enviando o Messias daquela forma. Por via das dúvidas viu nisso um pretexto para promover um assassinato em massa de crianças inocentes, o que fez com prazer.
Manjedoura que fala, com eloquência, com grandiloquência, verborragicamente.
Cada vez que o diabo tenta induzir os seguidores de Jesus a viverem nababescamente, a manjedoura interpõe-se e coloca as coisas em seus devidos lugares.
A manjedoura foi um xeque.
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