segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Em nome da inclusão produz-se excluídos

Há no estado de São Paulo um sistema chamado de Progressão Continuada que consiste da não repetência dos alunos do curso fundamental.
Há muita discussão sobre a matéria, especialmente sob o aspecto de que muitas crianças chegam à 8ª série semianalfabetas ou tornam-se os alfabetizados funcionais, isto é, aqueles que sabem escrever o nome mas não conseguem capturar o conteúdo de um texto. Muitos desses, para não dizer a totalidade, não chegarão à faculdade.
Evidente que esse sistema serve ao poder, a quem não interessa pessoas esclarecidas.
Impossível não fazer um paralelo com o que se faz na igreja hoje em dia, com o agravante de que o sistema é aplicado a adultos e especialmente aos jovens, a quem também não interessa pessoas esclarecidas.
Há uma legião de pessoas, e jovens, sem o mínimo esclarecimento desejável. A constatação vale para o aspecto cultural como para o espiritual.
No caso especialmente dos jovens, qual o corolário fatal? Eles se desiludirão da igreja (muitos até de Deus) quando alcançarem o mínimo de esclarecimento e virem que foram usados como massa de manobra a serviço de projetos humanos e megalomaníacos, o que os conduzirá ao abandono da fé.
Sei que não devia dizer, mas direi, sou um petulante irrecuperável.
Seria melhor não trazer esses jovens para essa estrutura atual da igreja. Eles não seriam marcados tão negativamente como estão sendo e não seriam expostos ao risco de se afastarem de Deus definitivamente. Há dados informando que o número de pessoas que passaram pela igreja e saíram é igual ao número dos que permanecem. Muitos desses são jovens.
O que ocorre é que os artifícios usados para atraí-los não são consistentes a ponto de fazê-los caminharem com o Senhor ao longo dos seus dias.
Uma hora a “graça” desses artifícios cai. Eles estão recebendo mais do mesmo, e está sendo provado que isso não os satisfaz.
Como eles não foram apresentados ao evangelho, é fácil prever o que acontecerá.

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