quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Da adoração - Teologia de calçada

Em tempos antigos, pré-evangélicos, adorava-se a Deus, legitimamente, com uma adoração que consistia de canto, música, instrumentos musicais, sacrifícios, espaço físico, materiais específicos, líderes consagrados.
O Cristo veio e inaugurou um novo padrão de adoração.
Já não mais se adoraria a Deus como se Ele estivesse longe, assentado no trono, ansiando por elogios que exaltassem sua grandeza, como se fora um deus doentiamente narcisista.
Agora os adoradores entrariam “em” Deus, estariam “em” Deus e desde a mais ínfima ação (respiração=espírito) tudo o mais estaria consagrado a Deus, a seu serviço, a seu dispor, inclusive o livre arbítrio, pois não está posto que o livre arbítrio possa ficar de fora da rendição devida a Deus. Agora o adorador estaria “em” Deus, formando uma unidade com Ele. Forte, eu sei, mas é o que está escrito.
O capeta, sabedor disso, propôs ao Cristo que se o adorasse assim ele lhe daria os mundos, pois o Cristo estaria nele e ele, o capeta, o dominaria.
O ponto é o seguinte: Definitivamente, adoração no padrão do Cristo não tem a ver com música, só.
É consenso que o ser humano é um ser musical. Não há crise aqui. Fato é que música tem a ver com sentimentos, com a beleza das vibrações sonoras, é coisa da natureza que a física explica. Nesse sentido não há música sacra ou mundana, gospel ou secular. As mesmas notas, pausas, compassos e andamentos de uma se aplicam à outra. Há sim música boa ou ruim, bonita ou feia.
Contudo, o silêncio quase sepulcral dos evangelhos em relação à música é muito eloquente.

A música faz parte da adoração, o quanto eu não sei, logo... sigo a linha dos evangelhos.  

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