Em tempos antigos, pré-evangélicos, adorava-se a Deus,
legitimamente, com uma adoração que consistia de canto, música, instrumentos
musicais, sacrifícios, espaço físico, materiais específicos, líderes
consagrados.
O Cristo veio e inaugurou um novo padrão de adoração.
Já não mais se adoraria a Deus como se Ele estivesse longe,
assentado no trono, ansiando por elogios que exaltassem sua grandeza, como se
fora um deus doentiamente narcisista.
Agora os adoradores entrariam “em” Deus, estariam “em” Deus
e desde a mais ínfima ação (respiração=espírito) tudo o mais estaria consagrado
a Deus, a seu serviço, a seu dispor, inclusive o livre arbítrio, pois não está
posto que o livre arbítrio possa ficar de fora da rendição devida a Deus. Agora
o adorador estaria “em” Deus, formando uma unidade com Ele. Forte, eu sei, mas
é o que está escrito.
O capeta, sabedor disso, propôs ao Cristo que se o adorasse
assim ele lhe daria os mundos, pois o Cristo estaria nele e ele, o capeta, o
dominaria.
O ponto é o seguinte: Definitivamente, adoração no padrão do
Cristo não tem a ver com música, só.
É consenso que o ser humano é um ser musical. Não há crise
aqui. Fato é que música tem a ver com sentimentos, com a beleza das vibrações
sonoras, é coisa da natureza que a física explica. Nesse sentido não há música
sacra ou mundana, gospel ou secular. As mesmas notas, pausas, compassos e andamentos de uma se aplicam à outra. Há sim música boa ou ruim, bonita ou feia.
Contudo, o silêncio quase sepulcral dos evangelhos em
relação à música é muito eloquente.
A música faz parte da adoração, o quanto eu não sei, logo...
sigo a linha dos evangelhos.
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