sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O Deus que conheço

Não! O correto seria dizer “o Deus que não conheço”.
Levaria uma eternidade e ainda assim não o conheceria.
O Deus que habita o não lugar, o “deslugar”.
Como pode alguns pretenderem reduzi-lo, detê-lo, retê-lo em um lugar, em um perímetro?!
Oras! Deus é mais que altura e profundidade, que largura e comprimento. Se o tridimensional não pode expressá-lo, sequer o tetradimensional o pode.
O Deus que não é amor, só.
O Deus que não é justiça, só.
O Deus que não é verdade, só.
Deus é tudo e muito mais.
O Deus que vai além, que fica aquém, que não deve nada a ninguém, que age e faz como, quando e onde quer.
O Deus absoluto, resoluto, “insubmetível”, insubstituível, irredutível, imarcescível, inigualável, incomparável.
Como pode alguns pretenderem enquadrá-lo, encaixotá-lo, representá-lo?!
O Deus que compreende, que surpreende, “incondenável” e que não condena, inculpável e que desculpa, incomensurável mas que conhece todas as medidas.
O Deus intangível, no entanto, presente, intocável, no entanto, próximo, exigente, no entanto, longânimo, perfeccionista, no entanto, solidário. 
O Deus que se basta, mas que, em sua plenitude, compartilha.
O Deus com quem não se barganha, pois, não há o que possa receber.
O Deus que só não conhecia a crueza, a dureza da carnalidade humana. Pois em Seu Filho conheceu-a e proveu-lhe, assim, salvação.

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