Eloquente, verborragicamente eloquente, aquela
manjedoura.
Num mundo que gira em torno da eficiência, da proatividade,
da prosperidade, da riqueza, do sucesso, do dar certo, do se dar bem, da comodidade,
da limpeza, da beleza, da gastança, da celebração, da segurança, da auto-estima,
o bercinho fala.
Pregadores modernos emudecem diante do bercinho. Não há
como contornar. Eles tentam harmonizar dizendo que o Menino recebeu presentes
caros e coisa e tal e lousa e mariposa...
Oras! Aqueles magos nem sabiam quem era o Menino.
Fala. A manjedoura fala. Muito, de várias formas. Você sabe
que fala. Ela fala com você. Ela fala com os pregadores modernos. Ela fala com
todas as pessoas.
Se você tem muito ou pouco, sabe muito ou pouco,
representa muito ou pouco, ela fala com você.
Contudo, fique tranquilo. Ela não quer te julgar nem te
condenar. Não quer pegar o que é seu. Não quer cobrar o que você tem, ou não
tem.
Mas ela fala. Silentemente, fala. Profundamente, fala. Reverberadamente,
fala. Através dos séculos e gerações, fala.
Ouça-a e você se dará bem.
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