sábado, 16 de dezembro de 2017

Virando uma página

Sou a soma de tudo e a subtração do nada.
Uma reunião de vazios, o vácuo da completude.
Uma alma já, precocemente, cansada, exaurida, desacreditada.
Não entendo o que deveria, entendendo o que não deveria.
Agora, academicamente formado, ainda que tardiamente e apesar do gozo indizível, chego à conclusão fatal: o conhecimento é menor que a sabedoria, embora já tenha sido dito: “onde está a sabedoria que perdemos com o conhecimento, e o conhecimento que perdemos com a informação?”. 
De paixões, tenho cinco (ou seis). Impagáveis, intermináveis.
De amigos, tenho alguns de longa data e outros mais recentes, meio cúmplices e que me suportam em meus devaneios.
De Deus, não deveria nem citá-lo. Qual judeu, seu nome não deveria constar em letras tão terrenas, pequenas e tacanhas.
Mas Ele É!!!
Não sou representante de ninguém, ninguém me representa. Represento-me a mim mesmo e falo em meu nome, recolhido à insignificância de minha existência. Talvez isso seja algum tipo de liberdade, ou talvez alguma anomalia. Vai saber!
Fato é que o presente século (não restrito ao intervalo de 100 anos) sucumbiu ao mal.
Se a terra fosse uma empresa e fosse solicitado um balanço, o passivo engoliria o ativo. 
“Ah! Mas o ativo é tão bom, olha quanta coisa conquistamos.” 
“Pois é, meu bem, mas o passivo é muito maior, você falhou. Entrega as chaves e tchau.”

Pois é, Alguém vai pedir as contas do negócio.

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