Há UM por
quem os acordes, as melodias, as harmonias, as pausas se dobram.
Há UM por
quem os pássaros silenciam.
Há UM por
quem as bestas feras se recolhem.
Há UM por
quem os perfumes exalam sua mais exuberante fragrância.
Há UM por
quem as cores de todos os matizes se empalidecem.
Há UM por
quem o firmamento em sua absurda fortaleza se abala.
Há UM por
quem a natureza em todas as suas nuances se rende.
Há UM por
quem a altura, a profundidade, o comprimento e a largura se nivelam.
Há UM por
quem as dimensões se interseccionam.
Há UM por
quem os humanos se prostram em reverência e adoração.
Há UM por
quem os fortes em sua autossuficiência se enfraquecem.
Há UM por
quem os sábios em toda a sua retórica se calam.
Há UM por
quem os ricos e poderosos de todas as instâncias estremecem.
Há UM por
quem os pernósticos, os petulantes, os presumidos, os pedantes emudecem.
Há UM por
quem os fracos são acolhidos.
Há UM por
quem os perdidos se encontram.
Há UM por
quem os doentes, do corpo e da alma, esperam.
Há UM por
quem os amantes, de todas as classes, se espelham.
Há UM por
quem os conflitos, graves ou não, se apaziguam.
Há UM por
quem as disputas cessam.
Há UM por
quem as perguntas se respondem.
Há UM por
quem a eternidade se apequena.
Há UM por
quem fui recebido. Logo eu... um infame.
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