Eu mesmo conheço uma comunidade de seguidores do Nazareno
que quando um de seus membros, de recursos reduzidos, não podendo reformar sua
casa, muito prejudicada pelas chuvas e águas de um ribeiro, essa comunidade se
cotizou e pôs abaixo a casa dele para construir uma nova. Fraternidade pura.
Que quando uma vózinha precisou fazer uma urgente operação
na vista, essa comunidade novamente se cotizou e levantou os recursos para a
cirurgia.
Que quando um de seus irmãos de outra comunidade irmã em uma
das regiões mais pobres do país (leia-se sertão do Piauí) não tendo como
estudar, essa comunidade deu uma bolsa integral em universidade além de manter
o jovem na cidade grande, com a ajuda de um empresário e de uma organização.
Cidadania pura.
Que quando convocada, passa 24 horas orando em revezamento
entre os seus membros. Espiritualidade pura.
Uma comunidade empenhada com o campo missionário.
Uma comunidade que entre seus pregadores regulares, com
destaque para as mulheres, faz os ouvintes se sentirem como se estivessem
ouvindo o Próprio.
Uma comunidade que ainda tem aquele pastor “pastor”.
Uma comunidade que tem teólogos.
Uma comunidade que valoriza as famílias. As casas.
Uma comunidade pequena mas relevante. Que luta com as finanças
como qualquer outra. Que pode até crescer - muito, mas se for para perder essas
características, tomara que não cresça - muito.
Uma comunidade eclética, mas que procura cuidar de todos no
particular.
Uma comunidade em que as pessoas são valorizadas pelo que
são e em que não precisa haver representação.
Tem defeitos e imperfeições e limitações? Claro!
Mas ainda há comunidades sérias.
Procurando acha.