sábado, 11 de outubro de 2014

Ecce homo

Com essa expressão Pilatos apresentou o Cordeiro Bendito aos seus algozes: os judeus, os romanos, você, eu.
Assim... impossível ficar impassível. Insensível. Indiferente diante de Ecce homo.
Ele não tinha que estar ali vituperado, fragilizado, escarnecido, escarrado. Não precisava.
Dali foi para a cruz, que, como objeto, é detestável, execrável e maldita, mas como um conceito, uma experiência, um caminho, é o de que todos precisam.
Suas palavras e testemunho não podem ficar restritos a um sistema: o religioso.
Se a humanidade quer encontrar um caminho, uma razão, um destino, uma causa, um sentido, um equilíbrio, uma justiça que outros sistemas (democracia, capitalismo, comunismo, socialismo, ciência, economia de mercado, globalização, pós-modernidade) não conseguem lhe entregar, ela, a humanidade, tem que considerar urgentemente o que Ecce homo tem para falar.

A sociedade moderna é uma sociedade surda, incapaz de ouvir quem a pode redimir.

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