quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Quem é Esse?

Quem é Esse capaz de gerar sentimentos tão apaixonados?
Quem é Esse que mesmo fisicamente ausente, toca tão profundamente as emoções?
Quem é Esse que, uma vez que as pessoas minimamente o conheçam, sentem-se impelidas a darem e doarem-se, especialmente de forma voluntária e secreta? Cuja recíproca é verdadeira, isto é, aqueles que anseiam por serem vistos, seja no simples ato de dar, não o conhecem.
Quem é Esse por quem as pessoas se sentem acolhidas e aceitas como são, sem necessidade de representação?
Quem é Esse cujas palavras afetam de plebeus a reis, de mendigos a bilionários, de analfabetos a doutores, de pagãos a religiosos, de muçulmanos a judeus, de evangélicos a católicos a espíritas, de governantes a governados, de empregados a empresários?
Cujas palavras, compreendidas em quatro livretinhos, não têm par.
Cujas palavras se explicam por si sós, sendo seu próprio dicionário.
Quem é Esse que para os que O desconhecem alimentam sentimentos belicosos, revanchistas, indo à raias da violência armamentista, ou ao desprezo do outro, até pela sua aparência física, ou pela cor da pele, ou pelo endereço, ou pelo emprego?
Aqui cabe o sentimento do mahatma indiano famoso que contrapunha a vivência dos Seus “pretensos” seguidores à Sua própria, dizendo que eram incompatíveis e, portanto, inaceitáveis.
Quem é Esse que está sim na religião – pois que em todos os lugares - embora a religião não esteja Nele?
Quem é Esse que deixa ateus inquietos? Cientistas perplexos? Doutores embasbacados? Mestres atônitos? Endinheirados questionados? Artistas estupefatos? Viúvos e órfãos consolados?
Quem é Esse que dispensa intermediários e fórmulas e regras e ritos e que tais?

Diga lá, quem é, quem é?

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