Essa reflexão não segue um maniqueísmo
estéril, isto é, ou é uma coisa ou é outra. As qualidades citadas se comunicam,
conversam entre si. Bem poucas, é verdade. Diria que quase nada, mas, como
absoluto só UM, então fica aberto. No entanto... pense por você quando elas se
comunicam, pense por você. Não deixe ninguém pensar por você. A judaização em
mim é bem próxima de zero, mas taí uma coisa que eu admiro nos judeus: eles
pensam. Aliás, essa é uma das maiores marcas e características do cristianismo:
seus líderes acham que devem e podem pensar pelos outros. Não póódi.
No cristianismo há autoridades. A igreja tem
autorização do Magnânimo.
O cristianismo compactua. A igreja denuncia.
O cristianismo aponta o dedo. Na igreja há
perdão.
No cristianismo há líderes. Na igreja há um
povo.
No cristianismo há hierarquia. A igreja
funciona.
No cristianismo há estatutos e regimentos. Na
igreja há o evangelho.
No cristianismo há cultos. Na igreja há
incultos... mas sábios.
No cristianismo há doutrinamento. Na igreja
há discipulado.
No cristianismo há judaização. Na igreja há
uma Nova Aliança.
No cristianismo as decisões são pensadas e
retardadas (em reuniões intermináveis). A igreja acontece.
No cristianismo há riqueza e prosperidade.
Na igreja há compartilhamento.
O cristianismo é pernóstico. A igreja serve.
No cristianismo há pastores, apóstolos,
reverendos, pais espirituais (seja lá o que isso signifique), patriarcas,
bispos. Na igreja há diáconos.
No cristianismo há templos, como o de
Salomão, objeto de desejo da imensa maioria dos seus líderes, ainda que velado.
Na igreja há casas.
No cristianismo há os “ungidos” intocáveis.
Na igreja há os que tocam as feridas dos outros.
No cristianismo há honrarias, e
preferências, e deferências, e referências. A igreja... olha e lamenta.
No cristianismo há nariz empinado. Na igreja
há cara no pó.
O cristianismo passará. A igreja não.
Ornitorrinco Madiba
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